quinta-feira, 24 de novembro de 2011

post mortem

Chega...

É preciso voltar a vida.
Suspiros não enchem teu peito.
Não fazem o coração bombear como ele deve fazer.

Basta de viver pela metade.
Não é mais preciso ter medo, do que nem sabemos que está por vir.


Não quero mais ser "ninguém"... mas não quero ser "alguém" pra ti.
Quero só voltar a ser eu mesmo. Quero apenas voltar a existir.

E eu vou...
E depois de toda essa tormenta... essa pós-morte será melhor que a vida que eu tive.


Se mais feliz... não sei.


Mas pelo menos minha vida me terá novamente como protagonista, não como mero espectador do sofrimento que me foi rogado.


Respirar é preciso.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Deficiência D



- O dia em que a luxúria não será o suficiente.

Rompimentos, atritos, acasos... qual o nome daquilo que tu vem passando por agora?
Como tu consegue lidar com isso?!


Invariavelmente, pessoas trazem mudanças. Mudanças criam novos hábitos. Novos hábitos criam manias. Manias criam vícios. Vícios criam dependência. Dependência cria sofrimento. Sofrimento leva a... novas mudanças.


Quem preenche os "vazios" que o acaso te trouxe?
Novamente, como lidar com as mudanças que, ocasionalmente, irão surgir em tua vida?


Não se sinta mal por não conseguir respirar com a mesma sincronia de antes.
Teu sofrimento tem nome, causa, e cura. Mas o SUS não vai te ajudar. Caio Fernando Abreu muito menos. Teu tratamento precisa ser diário. Doses, quase que, homeopáticas de realidade. Homeopatia que é quase um placebo diante dos teus olhos. Nem paracetamol iria te ajudar a fazer tua cabeça parar de pulsar, como se teu cérebro fizesse parte da sinfonia mais brega e piegas que o "amor" te faz sentir.


Sim... "amor".


Dos vários conceitos que o sentimento mais desejado, e odiado na mesma intensidade, qual que descreve melhor o que tu sente? Teu amor está entre parênteses? Tua vida está entre os mesmos?


Nada mais justo pro teu coração, que tanto sofreu por aquele(a) que partiu, se sinta frágil, vazio, escuro, até mesmo sem vida.


Viva a deficiência.
Celebremos o auto-conhecimento.


- Sim... mágoas ficam.
- Rancor? Talvez.
- Medo? Com certeza.


"Quem se responsabiliza pelas chagas deixadas?" - Ninguém!


O "amor" vale tanto quanto as tendências. Tudo é interessante, até a próxima estação. Qual será a próxima atração?


Não... não estou te dizendo que o que tu sentiu foi uma mentira. Aquilo foi real, mas tinha data de validade, assim como tudo que é vivo nesse planeta, universo... vida. E, ao perceber que a validade expirou, aquele(a), que se sente o(a) guardião(a) das verdades absolutas da vida, partirá em mais uma viagem insana pela "verdadeira felicidade".


O que é se sentir vivo?
O que é estar vivo?


Talvez essa resposta só surja no meu, no teu, último suspiro. Talvez a maior epifania de todas, esteja reservada pro ato final. O Grand Finale! Até lá, o que nos espera?


Não faço a menor ideia, meus amigos. Nesse meio tempo, tento curar minhas próprias deficiências. Tento curar o que, aparentemente, é incurável. E pelo meio do caminho, tento diminuir a troca de peles que a serpente que vive em todos nós, faz. Tento não mudar tanto a verdadeira imagem que tenho de mim mesmo.


Talvez tu não se lembre mais de mim...
É bem verdade que já não me vejo mais nos retratos. O espelho tem um reflexo estranho.
Vejo muito mais de ti, do que a sombra daquilo que um dia eu fui.


Mas a culpa disse é só da minha deficiência. Preciso repor as vitaminas.






|namaste


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Cartas...

- Me desculpe se não fui honesto...



Talvez essa seja a melhor forma de começar.
Não que eu, ou você, deva honestidade à alguém... mas convenhamos, é o que exigimos. É o que procuramos pra repousar nos braços ou na companhia de alguma pessoa. Por isso lamento, e peço desculpas... não fui honesto.


- Errar, sim errei...
Mentir, não.


Em quantas situações tu já se viu no dilema de admitir ou não um erro? No fim das contas, é melhor perder algo pelo erro, do que sustentar o mesmo com uma mentira. E é por isso que diante do erro, ainda sim acho que há orgulho em não mentir.


- Deveríamos desistir dessa falsa moralidade. Desse julgamento injusto.


Não estou te pedindo para não me julgar... estás no teu direito, se assim desejar. Mas acredito que tu possa muito bem ser honesto(a) consigo mesmo. Ninguém vai te conhecer por completo, então não cobres que te entendam. Teu único direito, ou melhor dizendo DEVER, é se fazer entender. Não é fácil, mas é o caminho mais simples.

O tempo mostra que relacionamentos são duradouros porque acabamos por respeitar a individualidade de quem está ao nosso lado. Antes de sermos "nós", somos Eu, Você. Somos pessoas, com características diferentes. E quando começamos a trazer quem está ao nosso lado pro nosso mundo, talvez ai esteja o inicio do fim.


- E onde fica a honestidade pra dizer que não é no teu mundo que eu quero viver?
- Onde fica a honestidade pra que tu venha me dizer que não é no meu mundo que tu encontra o que procuras?


Gritar os 4 ventos que somos pessoas honestas, de caráter, não nos torna alguém com essas características. Infelizmente, não faz.


Só percebi isso a um tempo... passei tanto tempo achando que era um cara honesto comigo mesmo, que me magoei ao perceber que acabo me iludindo dentro do meu próprio mundo. Daí entendi o quanto magoei aos que estiveram comigo nesse meio tempo. Ao achar que só devia honestidade a mim, não fui honesto com quem me deu tanto amor, carinho, afeição...


- O que fazer?
Honestamente, não sei.


Só posso me desculpar. E se não receber o perdão, não há do que reclamar. Tentar não implica em conseguir. Nem sempre o verdadeiro sabor está na vitória, mas sim na forma como tu consegue lidar com uma derrota, ou no meio de uma adversidade.

Talvez tu se veja na mesma situação. Talvez tenhas encontrado uma solução pra esse problema. Mas ao perceber isso, notei que não posso dizer "aquelas" palavras pra alguém. E isso vai magoar muita gente ainda. Muito mais. Vai ver que foi por isso que percebi que voltarei a magoar alguém por simplesmente tentar ser honesto com os outros, não apenas comigo.


- Mais uma vez te peço desculpas... perdão por te sido honesto, dessa vez.



namaste

segunda-feira, 4 de julho de 2011

pelos inconformados...

- a voz que te acalma em meio ao caos...
- o aroma que te transporta para momentos, que a muito estavam adormecidos nas profundezas do baú das tuas memórias...
- aquele afago que é capaz de curar tua insônia...


Talvez, durante toda tua vida, tu não prove nada disso.
Muito provavelmente tu estará com alguém que amas, mas que relutantemente, tu insiste em procurar por defeitos. De fato, porque?


Viemos com defeito de série: somos inconformados por natureza.


Nem toda felicidade do mundo é capaz de te ligar a alguém, quando tu estiver disposto(a) a largar mão de tudo. No fim das contas, talvez isso seja o certo. Não deve haver obrigação em estar com alguém. Mas, se pensarmos bem... como o "pra sempre" se torna "adeus" em tão pouco tempo?

Como já foi dito aqui diversas vezes, somos egoístas por convicção. Alguns admitem, outros fingem não ser, e alguns lutam contra. De toda forma, uma hora dessas alguém irá sofrer por tuas escolhas. E o que se pode fazer? Absolutamente nada.


- Preciso de ti...


O fato de amar deixa implícita uma dependência desse amor? Não. E é nesse caminho que, talvez, perdemos a razão. Ligamos o fato de estarmos apaixonados, ou profundamente envolvidos por alguém, ao ato de esperar (por vezes, cobrar), reciprocidade. Entendem o porque de continuar achando que todos somos egoístas, e tentamos burlar nossa própria natureza?!

De toda forma, se pronunciamos as famosas 3 palavrinhas, e ouvíssemos o mesmo de volta, estaríamos satisfeitos? Duvido muito.

Gratuitamente buscamos pelo melhor em outra pessoa, ao invés de descobrirmos os vícios e virtudes daqueles que declaramos o sentimento mais nobre. E porque? Porque não é possível se conformar, ou confortar com aquilo que temos? Ainda estou tentando entender tudo isso. Observo, vivo e reflito sobre isso, mas admito que não estou nem próximo de compreender.


Gritamos aos 4 ventos aquilo que precisamos.
Pedimos a divindades por favores tão absurdos, que nem nós mesmos acreditamos.
Choramos por não ter aquilo que nunca foi do nosso conhecimento.
Imploramos por manter algo, que acabou ao ser dito "adeus".


Não sei se já perceberam, mas tudo isso é para sintetizar a nossa busca PELO QUE NÃO CONHECEMOS. Passamos tanto tempo buscando o desconhecido, e esquecemos de valorizar as relações reais. Aquilo que é possível. Aquilo que é viável. Mas queremos tanto ser "especiais", "únicos"... que não notamos que não há nada mais especial do que compartilhar as pequenas coisas dessa vida.

Querer mais é sempre bom... mas encara o que tens com gratidão. Porque te foi oferecido de muito bom grado. E se tu perceber isso, com certeza irá ver que a vida é mais do que sonhar ou desejar. Tu pode viver acordado!


Pelas pequenas coisas...
Por um bom dia...
Por um pôr do sol...
Por um "obrigado"...


Contemple o todo, respeito o que tens. Daí tu vai saber se o que já possui, não é o suficiente pra alimentar teu ego. O tempo vai agir ao teu favor quando tu for capaz de perceber teus vícios. De qualquer forma, não existem verdades aqui, e sim aquilo que gostaria de compartilhar contigo. Aprender é a arte de errar.




namaste

domingo, 3 de julho de 2011

tempo... mano velho!

Quantas pessoas entraram e saíram da tua vida sem ao menos tu conseguir decorar nomes?

Não consigo lembrar se isso já aconteceu comigo.
Cada pessoa que passa pelo nosso caminho nos deixa um pouco de si, o que acaba nos tornando uma fabulosa e gigantesca "esponja".
Sempre guardamos o "bom" e o "ruim" de alguém. Mas talvez isso valha para qualquer situação da vida. No fim das contas estamos aqui só acumulando experiências e sentimentos.

Como lidar com despedidas?
Como dizer "adeus"?
Como esperar por um "olá", novamente?!

Provavelmente, ninguém gosta de dizer "adeus". Quem dirá, passar por isso com alguém próximo. Involuntariamente criamos uma prisão em torno dos sentimentos que nutrimos pelos amigos, família... nossos relacionamentos, etc. E como bem sabemos, nada que seja aprisionado parece ser real, ser honesto.

Convenhamos, por vezes, a única coisa que queremos é sentir aquilo "pra sempre". É estar ao lado daquela pessoa todo tempo. É ter os pais sempre por perto. É ter os amigos só pra si, em qualquer momento.

São nesses momentos que enxergamos o quão egoístas podemos ser. Deixamos que nossas necessidades ou carências, sejam maiores que os desejos, ou a liberdade, das pessoas que estão ao nosso redor.

Como podemos nos dispor a prender alguém!?

Infelizmente, acontece. Mas podemos voltar a si, e lembrar que o melhor direito que temos é a liberdade. Então, porque iríamos querer tirar isso de quem tanto amamos?!
Aceitar isso, torna mais fácil dizer o famigerado "adeus"... e é possível acreditar que talvez não seja algo permanente. Que seja um singelo "até logo".

E com essa ideia de que seja apenas um "até logo", aproveitemos ao lado daqueles que se vão. Na verdade, aproveitemos sempre, com qualquer pessoa. É fundamental viver cada dia como se fosse o último. Não estou te dizendo pra viver no limite. Até te aconselharia a isso, mas é perigoso. Então, viva a vida com o máximo de intensidade que tu puder viver.

Sinta...
Prove sem medo...
Veja tudo ao teu redor...

Viva sem os arreios que tantos insistem em te colocar. Viva sem os arreios que TU insiste em colocar em si próprio. Tu é o guia da tua vida. Por mais que aches que há algo que tu não possa fazer... TENTE. Dá um jeito de quebrar tuas próprias barreiras, só assim tu vai saber do que é capaz. E vai por mim, tu é capaz de fazer muito... só precisa SE PERMITIR!

Se permita dizer adeus...
Permita que vivam...

Aqueles que foram importantes.
Aqueles que estiveram contigo nos momentos mais adversos...
Aqueles que foram honestos no caos...

Essas pessoas continuaram em tua vida enquanto este sentimento que tu nutrir for sincero. Não importa se a distância seja de minutos ou de continentes. Por amar essas pessoas, vamos ter que chorar com o adeus... e torcer pelo próximo "olá". E eu torço.



namaste

domingo, 5 de junho de 2011

Quando ela voltar a sorrir...


Como falei outro dia pra alguém, não vejo problema em admitir minha tristeza.
Sou um cara triste, e gosto disso. Gosto de guardar todas as experiências que vivi. Elas me fizeram chegar até onde estou.

Mas vejam bem... ser triste é uma coisa. Depressão é outra, completamente diferente.
Não lamento meus problemas, não lamento meus sofrimentos. Ser triste me permite olhar tudo isso com sobriedade. Tomar as decisões com calma. E principalmente, ser triste me permite valorizar muito mais aquilo que me faz feliz.

Quando as pessoas estão felizes, elas não se preocupam com o que pode acontecer pra quebrar isso. Se cultua tanto o bem estar... estar bem se torna muito mais importante do que o resto. Só se preocupam em curtir o momento, com cada vez mais intensidade.

Não que isso seja errado... e não é. Mas, é preciso lembrar, e principalmente, valorizar o fato de estar feliz. Lembrar o quão complicado foi percorrer esse caminho até a felicidade. Talvez assim, tu possa realmente contemplar teu momento por completo. Talvez dessa forma tu consiga cultivar isso por muito mais tempo.

A tristeza te faz analisar tudo ao teu redor. Pena que para alguns, ser analítico é um defeito. Parece que isso nos torna algo frio, sem vida. Mas de fato, por vezes chego a pensar que estou a margem do que acontece ao meu redor. É tão fácil ler as pessoas, entender o que elas buscam, conforta-las com as mais doces palavras, ou afagos. Tudo isso é honesto, mas há momentos em que acaba se tornando automático, e pode ter certeza... tu perceber que dar carinho se torna automático, é perturbador.

E por isso tento, ou tentamos fugir das nossas tristezas, porque inevitavelmente, elas nos tornam pessoas amargas em diversos aspectos. Cria bloqueios que acabam sendo a nossa única "proteção". E foi no meio desses pensamentos que encontrei a melhor forma de lidar com isso... admitir minha tristeza.

Valorizo demais um sorriso, e valorizo mais ainda aqueles que me fazem sorrir. Talvez tu deveria pensar nisso... não te custa nada enxergar quem és.

Sou um cara cheio dos problemas... pra falar a verdade, sou um viciado em problemas.

Traições, mentiras, lágrimas, dores... tudo isso marcaram minha vida, como provavelmente devem ter marcado a tua. Não necessariamente todas, mas com certeza tens algo em comum com essas palavras aleatórias. Escrevo por isso, porque assim como eu queria ajuda, tu deve querer também, e talvez o fato de eu estar me abrindo contigo, te faça sentir a necessidade do mesmo.

"TU" não é alguém em particular... são todos nós. Sou "eu" também. Tudo isso aqui compõe o meu "eu" mais íntimo. Ser triste não é vergonhoso. Vergonhoso é não admitir pra si... estou tentando quebrar essas barreiras. As tuas... as minhas.

A tristeza vai te fazer repensar o valor de um sorriso, e quão isso é importante pra vida. Porque pode ter certeza que a vida vai voltar a sorrir pra ti... é só tu estar com os olhos e o peito aberto pra sentir tudo isso.

E vai por mim... tu vai sentir!


namaste



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Meramente

Ser...
Ter...

Quando nos tornamos tão egoístas?
Quando a propriedade passou a valer mais do que a essência?
Quanto, de fato, começamos a nos perder?

Saiam de suas prisões domiciliares.
Fujam da monotonia gritada em 140 caracteres.
Curtam as coisas que estejam ao alcance real dos teus sentidos.

Larguem mão da acessibilidade, do conforto.
Tomem decisões extremas, vivam seus próprios medos.
Lutei na pelea do teu próximo.
Se aproximem do bem-comum... lutemos pela guerra de todos, não só pelas nossas.

domingo, 22 de maio de 2011

Thanks for the memories...


- O Melhor dia da minha.
- Exatamente aquilo que imagina pra esse dia ser maravilhoso.


Possivelmente, essas seriam algumas das palavras que eu poderia usar pra descrever esse dia. Mas infelizmente, nenhuma delas cabe no "HOJE".
Entre todos os "talvez" e "poréns", hoje teria sido um dia para se comemorar. Talvez a melhor comemoração recente da minha vida... olha só, falando "talvez" novamente. Pois bem... essas palavras passaram longe do meu dia. Na verdade passam longe dos meus dias a muito tempo.

Insisto viver em uma realidade que criei.

É que esse universo ficou de tão bom gosto, tão bem feito, que é difícil dizer adeus.
Devo admitir que sou um artista ciumento. Cultivo todas as minhas "melhores" obras na intimidade do meu lar. Não vejo como vocês poderiam concordar com isso, pois nenhum de vocês conhecem tais obras, mas confidencio a todos... elas são realmente boas, o meu melhor. E é com esse ciúme que hábito tal universo. Provavelmente, algumas das melhores lembranças da minha vida, foram vividas nesse meu mundinho particular.

Mas ele não costumava ser tão privado assim. Havia habitantes... na verdade só havia um, além de mim. Não havia melhor companheira. E é ai que entra algo realmente estranho... fui tolo ao acreditar que um mundo, supostamente, perfeito seria motivo forte o suficiente pra ter ao menos um habitante nele. Poor boy...

Esqueci que minha criação nunca me permitiu ser egoísta. Escolhi ser pela primeira vez, e vi que realmente egoísmo é algo que não cabe em mim... melhor dizendo, em ninguém.
Não poderia aprisionar ninguém ao meu mundinho particular. Não poderia dar artifícios para convencer alguém a ficar. Meu mundo é reflexo do que eu sou... algo livre. Poderás entrar ou sair quando bem entender.

Mas como eu gostaria de te ver ficar. Escolher enfrentar as instabilidades dessa gravidade, que tende a nos trazer pra baixo, e nos sufocar por muitas vezes. Como seria lindo estar comemorando 365 dias de luta incessante.

Acho que tu não aprendeu que o prazer de lutar, não é vencer. E sim estar disposto a ir até o fim por um ideal. E o meu ideal era único e exclusivamente o teu coração. Mas veja só, estou aqui novamente dando argumentos.

É bem verdade que quando a paixão deixa de ser latente, o amor vem a ruir. Não há vida sem paixão. Seja pelo teu amado, como pela tua profissão. Paixão é o que nos move, é o que nos faz sonhar... cobiçar. E a um ano atrás, estava me declarando, mais apaixonado do que nunca.

1 ano... um abraço, lágrimas, frio, e o teu beijo.

Alguns dizem que o tempo é insignificante... de fato, é. Mas eu nunca imaginei que o tempo teria tanta importância ou relevância assim. Nunca pensei que o tempo te levaria pra longe de mim.
E não imaginei que um ano depois, estaria aqui... só, e simplesmente abraçado com as minhas lembranças. Pois não há mais nada além disso... lembranças de tudo aquilo que ficou pra trás.



Pro bem ou pro mal... seguiremos.
Triste, por vezes... Felizes, por convicção.
Sim... seguiremos.


Sempre haverão datas para se comemorar.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

até mais...



Desde já aviso: esse será um texto de lamentação.


Realmente faz tempo que não compartilho o que sinto. Talvez por ter me acomodado, talvez pela falta de novidades. Mas agora, há o que escrever.
Esse é o último, pelo menos por um tempo ou talvez pra sempre, texto sobre isso.

Chegou o fim de mais um ciclo da minha vida.
Não sei nem como descrever o que sinto. Talvez o silêncio fale por si só, mas como aqui não há som, preciso tentar expor mesmo que de forma superficial.

Ruínas... são o resultado disso tudo.
Pra alguns é uma dose exagerada de drama, pra outros uma consequência natural das minhas ações. Mas, pra mim... é tudo aquilo que eu não queria sentir.
Acabou, o que até então, vinha sendo os melhores dias da minha vida. Não é exagero. Vivi ao lado de pessoas incríveis. Todas me fizeram sentimentos inéditos até então. Mas dessa vez foi o extremo, foi o impensável, foi o surreal.

Como me falaram a alguns dias atrás, "foi um filme, um sonho". De fato, provavelmente foi o sonho mais bonito que já tive. O filme com a melhor fotografia que já assisti. Porém, acho que mais uma vez, o roteiro foi fraco, mal escrito ou mal lapidado. Erro dos autores, que não escreveram a história com o mesmo esmero que desejavam. Hoje pago pela minha displicência, pela minha pressa tornar a história, um filme de verdade.

É bem o que dizem: Liveaction's tendem a ser mal feitos.

Escolhemos mal como adaptar o romance. Talvez a história tivesse corrido melhor, ou durado mais tempo se tivessemos deixado ela lá nas histórias em quadrinhos em que sou tão fã.
Perdão por dirigir tão mal a adaptação da nossa própria vida.

É literalmente um filme sem fim certo. Talvez vire uma Trilogia de sucesso. Mas o que eu realmente queria, era que esse filme fosse aquele tipo de filme que muda a vida após ser visto. Aquele tipo de filme que emociona. Aquele que deixa a mensagem... aquele do final: Felizes para sempre!
Mas ambos sabemos que o pra sempre, sempre acaba. E só viveríamos juntos enquanto fosse sincero, foi isso que te prometi, não foi?!
Parece que a sinceridade acabou. Melhor dizendo, parece que esse foi o último momento de sinceridade.

Sinto como se uma parte do, já frágil, coração tivesse perdido a vida.
Caso não tenha entendido, deixa explicar: desde pequeno, ou desde que me lembro, dividi meu coração em algumas partes. Achei isso sensato, pelo simples fato de não querer que ele fosse quebrado por inteiro.
Esse coração já foi partido pelas mortes de pessoas que marcaram minha vida. Esse coração foi partido por pessoas que saíram da minha vida... e agora esse coração é partido pela tua ausência.

Uma hora isso teria que acontecer. Não queria que meu coração se tornasse uma prisão pra ti, pena que foi isso que aconteceu. Mas, ainda bem que tu tinha a chave pra sair, e a usou.
Realmente lamento por ter me tornado uma prisão.
É incrível como involuntariamente nos tornamos coisas que nunca imaginamos ser. E foi bem isso que aconteceu comigo, conosco.

Poderia dizer que é injusto comigo... mas não é.
Poderia dizer que é injusto conosco... de fato, parece ser um pouco.
Mas só posso dizer que é justo contigo.

Nunca quis aprisionar tua natureza. Espero que agora tu voe... voe o mais alto que desejar.
Mas saiba que quão mais alto tu for, mas dura pode ser a queda. Mas pra que medo, não é?!
A certeza é reconfortante. Talvez, esse seja o afago que tu precisava... o da certeza.
Fico triste por essa convicção, desejo, vontade, necessidade... seja lá o nome a ser dado, me afastar ou me tirar da tua vida. Mas se é assim que tem que ser pra tu ser feliz, que assim o seja.

Digamos que faltei as lições de egoísmo. Talvez eu devesse realmente ter aprendido um pouco disso.
Mas se em algum momento isso transpareceu em mim... peço desculpas. As mais sinceras o possível.

Tenho algumas convicções na vida, e foram elas que me trouxeram até aqui, até esse momento. Uma delas é que se houver um problema entre duas pessoas, só será resolvido pelas mesmas. Fugir, tentar esquecer, não resolve... nem nunca resolverá. É triste ver amor, se transformar em lágrimas e esquecimento.

Tudo isso é muito triste, e inevitável.
O "Fim" é sempre inaceitável. Quantos filmes chegaram ao filme, e deram início a tua insatisfação?! Esse é só mais um filme de final torto.
Não adiantou a força de vontade do diretor, em querer prolongar o filme. A dona do estúdio não quis mais investir na produção do filme.

Mas leva tempo pro roteirista acertar a mão. Infelizmente ele perde algumas chances. Mas bons filmes sempre serão feitos, é só uma questão de cuidado e carinho.

Eu te amo... mesmo que seja a última vez a ser dita, ela é dita com a mesma certeza da primeira.
E ainda continua sendo bom sentir isso... pena que hoje é apenas bom pra mim.




Obrigado... muito obrigado.
E que o futuro seja escrito com carinho por Jah, porque ele há de iluminar os caminhos até o fim.




Eu te amo.
Adeus.