domingo, 5 de junho de 2011

Quando ela voltar a sorrir...


Como falei outro dia pra alguém, não vejo problema em admitir minha tristeza.
Sou um cara triste, e gosto disso. Gosto de guardar todas as experiências que vivi. Elas me fizeram chegar até onde estou.

Mas vejam bem... ser triste é uma coisa. Depressão é outra, completamente diferente.
Não lamento meus problemas, não lamento meus sofrimentos. Ser triste me permite olhar tudo isso com sobriedade. Tomar as decisões com calma. E principalmente, ser triste me permite valorizar muito mais aquilo que me faz feliz.

Quando as pessoas estão felizes, elas não se preocupam com o que pode acontecer pra quebrar isso. Se cultua tanto o bem estar... estar bem se torna muito mais importante do que o resto. Só se preocupam em curtir o momento, com cada vez mais intensidade.

Não que isso seja errado... e não é. Mas, é preciso lembrar, e principalmente, valorizar o fato de estar feliz. Lembrar o quão complicado foi percorrer esse caminho até a felicidade. Talvez assim, tu possa realmente contemplar teu momento por completo. Talvez dessa forma tu consiga cultivar isso por muito mais tempo.

A tristeza te faz analisar tudo ao teu redor. Pena que para alguns, ser analítico é um defeito. Parece que isso nos torna algo frio, sem vida. Mas de fato, por vezes chego a pensar que estou a margem do que acontece ao meu redor. É tão fácil ler as pessoas, entender o que elas buscam, conforta-las com as mais doces palavras, ou afagos. Tudo isso é honesto, mas há momentos em que acaba se tornando automático, e pode ter certeza... tu perceber que dar carinho se torna automático, é perturbador.

E por isso tento, ou tentamos fugir das nossas tristezas, porque inevitavelmente, elas nos tornam pessoas amargas em diversos aspectos. Cria bloqueios que acabam sendo a nossa única "proteção". E foi no meio desses pensamentos que encontrei a melhor forma de lidar com isso... admitir minha tristeza.

Valorizo demais um sorriso, e valorizo mais ainda aqueles que me fazem sorrir. Talvez tu deveria pensar nisso... não te custa nada enxergar quem és.

Sou um cara cheio dos problemas... pra falar a verdade, sou um viciado em problemas.

Traições, mentiras, lágrimas, dores... tudo isso marcaram minha vida, como provavelmente devem ter marcado a tua. Não necessariamente todas, mas com certeza tens algo em comum com essas palavras aleatórias. Escrevo por isso, porque assim como eu queria ajuda, tu deve querer também, e talvez o fato de eu estar me abrindo contigo, te faça sentir a necessidade do mesmo.

"TU" não é alguém em particular... são todos nós. Sou "eu" também. Tudo isso aqui compõe o meu "eu" mais íntimo. Ser triste não é vergonhoso. Vergonhoso é não admitir pra si... estou tentando quebrar essas barreiras. As tuas... as minhas.

A tristeza vai te fazer repensar o valor de um sorriso, e quão isso é importante pra vida. Porque pode ter certeza que a vida vai voltar a sorrir pra ti... é só tu estar com os olhos e o peito aberto pra sentir tudo isso.

E vai por mim... tu vai sentir!


namaste



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Meramente

Ser...
Ter...

Quando nos tornamos tão egoístas?
Quando a propriedade passou a valer mais do que a essência?
Quanto, de fato, começamos a nos perder?

Saiam de suas prisões domiciliares.
Fujam da monotonia gritada em 140 caracteres.
Curtam as coisas que estejam ao alcance real dos teus sentidos.

Larguem mão da acessibilidade, do conforto.
Tomem decisões extremas, vivam seus próprios medos.
Lutei na pelea do teu próximo.
Se aproximem do bem-comum... lutemos pela guerra de todos, não só pelas nossas.